Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

Sociedade

Esta sexta-feira, 30 de Novembro, a grande final da 32ª Edição do Ngoma Moçambique acontece no Pavilhão de Maxaquene, em Maputo, com alguma inovação para a grande festa da música ligeira nacional. São ao todo 60 canções que concorrem para as categorias de Melhor Canção, Canção popular, Melhor Voz e Prémio Revelação. O Ngoma Moçambique vai igualmente atribuir, uma vez mais, o Prémio Carreira, distinção que visa reconhecer as referências da música moçambicana.

Segundo João Cerveja, produtor desta competição musical que há 31 anos é promovida pela RM, na edição deste ano houve maior uso das redes socias como o Facebook e Instagram, melhorando a divulgação dos trabalhos dos artistas e facilitando também votação por parte do público. “No que concerne à premiação, houve uma subida para a categoria de melhor cancão passando para 180.000 Myts contra os anteriores 160.000. O prêmio para a cancão mais votada passaou para 140.000 Mts”, disse.

O Ngoma Moçambique teve inovações, incluindo a formação de artistas e uma viragem nos efeitos do palco para dar outro brilho à festa da música. Foram inscritas mais de 400 canções, das quais 60 foram apuradas para a final. Deste número, 12 tornaram-se finalistas, por terem atingido uma ou mais vezes o primeiro lugar da parada. Para a Canção Mais Votada, vão subir ao palco Isaú Meneses, Texito Langa, Marlene, Leynna Souto, Telmo Letela, Juma Kombola, Liloca, Raquel Akungondo, Lourena Nhate, Tima, Aly Aboobacar e Zacaraia.

 A banda RM, com as vozes de Wazimbo, Pureza Wafino e Kaliza, são os convidados especiais. Cerveja revelou à “Carta” que, para 2019, o Ngoma vai incluir uma transmissão televisiva, sendo, por isso, preciso que os participantes tenham um vídeoclip para se adaptarem ao novo formato, tendo em conta que rádio é voz e televisão é imagem.(Marta Afonso)

 

 

sexta-feira, 30 novembro 2018 03:08

Celso Correia exulta com combate a caça furtiva

O cerco contra a caça furtiva no país está apertando. Esta a mensagem que o Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, transmitiu ontem em Maputo na Reunião Anual das Áreas de Conservação. Correia afirmou que, nos últimos nove meses, o nível da caça furtiva decresceu e aponta a Reserva do Niassa como a que apresenta o índice mais alto dessa redução, na ordem dos 73%, como resultado do destacamento de uma unidade especializada das forças especiais para compor o comando conjunto “que inclui fiscais do estado e dos concessionários privados”, afirmou.

Nos últimos quatro anos, 1513 indivíduos foram detidos, indiciados de caça ilegal, e foram apreendidas 497 armas de fogo. Nesse período, foram também destruídos 348 acampamentos de caçadores furtivos em todo o país. Houve a desativação de 41.967 armadilhas e a apreensão de 5992 Kg de marfim. Os números  ilustram o trabalho desencadeado. Correia destacou particularmente a apreensão de um contentor com 3487 kg de marfim e 216 kg de cornos de rinoceronte no Porto de Maputo. O governante realça a formação do pessoal do sector envolvido no combate a caça furtiva. Disse que foram formados 609 fiscais entre líderes de patrulha, agentes de polícia de proteção dos recursos naturais e meio ambiente. (Carta)  

sexta-feira, 30 novembro 2018 03:00

Em Moçambique já houve mais elefantes que pessoas

Foram lançadas, esta quarta-feira, 28 de Novembro, em Maputo, duas obras literárias da autoria de Ricardo Barradas, nomeadamente “Ilha de Moçambique, estórias da sua história” e “Memória dos elefantes de Moçambique”, cuja edição contou com o apoio da Gapi-Sociedade de Investimentos. A primeira obra representa um contributo para as comemorações dos 200 anos de elevação da Ilha de Moçambique à categoria de cidade, enquanto a segunda faz alusão à forma como o comércio do marfim foi, para além do comércio do ouro e dos escravizados, um importante motor do desenvolvimento de Moçambique; o massacre de elefantes e respetiva violenta agressão ambiental, ocorrida no nosso País, especialmente nos séculos XVII e XVIII.

Ricardo Barradas contou que começou a escrever a “Memória dos Elefantes” há, sensivelmente, seis anos, quando começou a ter pretensões de ser escritor. “Apercebi-me que em Moçambique antes de se designar Moçambique, existiam milhões de elefantes. Os demógrafos têm capacidade de fazer retroprojeções e estão em acordo que Moçambique, no século XVI, tinha apenas um milhão de habitantes pelo que chegou a haver mais elefantes do que homens”, disse, acrescentando que motivou-lhe a ideia de que realmente o País esteve povoado de elefantes, que ainda por cima, foram alvos de uma carnificina.

Na ocasião, o escritor ofereceu 100 exemplares das suas obras à Gapi, destinadas às instituições de ensino superior: “Se o objectivo é que os jovens leiam estas obras, a Gapi tem condições para fazer a sua distribuição às universidades ao longo do País”, afirmou Ricardo Barradas. Ao proceder à apresentação dos livros, Álvaro Carmo Vaz, professor catedrático da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), considerou que no livro “Ilha de Moçambique, estórias da sua História”, o autor leva-nos a uma viagem fascinante ao longo de onze capítulos, iniciada com uma descrição da Ilha de Moçambique na época em que foi elevada à categoria de cidade.

“No segundo livro, Memória dos Elefantes de Moçambique, é mais breve do que no anterior, uma monografia, onde se percebe que confluem dois amores de Ricardo Barradas: a Ilha de Moçambique e a Natureza, esta corporizada nestes magníficos animais que vemos, horrorizados, à beira da extinção no nosso País, perante o que não sei se é impotência, complacência ou cumplicidade de demasiada gente”, observou Álvaro Carmo Vaz.  Por sua vez, o presidente da Comissão Executiva da Gapi, António Souto, referiu-se às razões que levaram a instituição que dirige a associar-se a este projecto literário, tendo realçado o facto de o escritor dedicar as suas obras aos jovens.

“As estórias, que Ricardo Barradas partilha, têm o fascínio de nos levar para o tempo em que, atravessando o Índico, donos de pangaios e caravelas iniciaram a globalização desta parte do continente africano, através do controlo da ilha que viria a ser a terra de Mussa Al-Mbique”, indicou António Souto, realçando a forma simples e de fácil leitura como as estórias são apresentadas, o que despertou o interesse da Gapi, na motivação cultural de uma geração que hoje se globaliza, através da web e de smartphones. Enquanto instituição financeira de desenvolvimento, a Gapi, conforme sublinhou, tem vindo a conduzir, há mais de dez anos, programas especificamente focados na juventude e na necessidade de se criar uma nova geração empresarial.

São programas que preparam jovens no âmbito da iniciativa empresarial privada e da descoberta de oportunidades de novos negócios. Importa realçar que Ricardo Barradas nasceu em Maputo, em 1948. Concluiu o curso de Medicina em 1975 e trabalhou nos hospitais centrais das cidades de Nampula, Beira e Maputo, durante 25 anos, primeiro como cirurgião geral e depois como cirurgião plástico. “Ilha de Moçambique, estórias da sua história” e “Memória dos elefantes de Moçambique” são os seus primeiros livros publicados.(Carta)

A “Darling”, famosa produtora de cabelos artificiais, vai conhecer sua pena na próxima semana, depois que 133 trabalhadores acabaram desmaiando nas suas instalações fabris de Beluluane na passada sexta-feira. A pena será uma leve multa pecuniária. A legislação nacional é marcadamente omissa nos casos de violações empresariais de natureza não alimentar (e que não se enquadrem na legislação laboral). A Darling deverá pagar uma pequena multa e continuar a trabalhar normalmente.

quinta-feira, 29 novembro 2018 03:03

Calisto Cossa reduz taxas de DUATs na Matola

Calisto Cossa, o edil eleito da Matola, acaba de anunciar o arranque de uma campanha de regularização de terrenos com taxas reduzidas em 30%. A campanha, que começa na segunda feira com a duração de três meses, abrange todos os munícipes que ocupam talhões devidamente parcelados e com a numeração correta. A iniciativa visa também aqueles que construíram sem o devido licenciamento. Eles estarão isentos do pagamento das multas estabelecidas no Regulamento Geral das Edificações Urbanas. Calisto Cossa, que assumiu a presidência da Matola em 2013, desencadeou jornadas massivas de regularização de terrenos em todos os bairros dos postos administrativos da cidade, tendo  a edilidade distribuído mais de 23 mil DUAT’s.

 O vereador de Planeamento Territorial e Urbanização da Matola, João Sambo, explicou que todas as outras foram campanhas normais, destacando que esta é particularmente especial pela redução da taxa em 30% e isenção no pagamento de multas àqueles cujos processos estão irregulares. João Sambo disse à “Carta” que as taxas de regularização de terrenos vária em relação ao tamanho e zona da sua localização. O município parcela talhões  15/30 e para estes a taxas a pagar será 5.625 Mts para as zonas menos valorizadas e 12.500 Mts para as valorizadas. Esta campanha vai significar um incremento no registo da base de dados do cadastro do município, apurou a “Carta”. A redução das taxas na regularização de terrenos é o primeiro ato público de impacto social anunciado por Calisto Cossa depois das eleições de Outubro passado, que o reconduziram para um segundo mandato de cinco anos, cuja tomada de posse está marcada para Fevereiro de 2019. (G.S)

quarta-feira, 28 novembro 2018 03:22

Caos na emissão de passaportes em todo o país

A transferência da base de dados da Semlex para a Muhlabuer Mozambique, a nova provedora de passapartes e bilhetes de identidade, contratada recentemente pelo Ministério do Interior, está a provocar atrasos na emissão dos principais documentos de identificação para cidadãos nacionais e estrangeiros. Em Outubro de 2017, o Ministério do Interior rompeu o contrato com o consórcio belga Semlex, anunciando a entrada da alemã Muhlbauer Mozambique. O concurso ganho pela Muhlbauer teve contornos rocambolescos, mas o contrato com o Ministério dirido por Basílio Monteiro já foi assinado. Mesmo assim, a firma alemã ainda não começou a operar.

Segundo fontes do Ministério Interior, em anonimato, a emissão dos documentos  está, neste momento de transição,  sob a gestão de técnicos nacionais, os quais, segundo apurámos, não têm domínio das máquinas. Este facto tem ditado a morosidade em causa. A crise agudizou-se nos últimos meses. “Carta” apurou que a situação ganhou outras proporções há quatro meses, quando o tempo de espera passou a exceder de longe os períodos normais de lei,complicando a vida dos utentes.