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quinta-feira, 19 março 2020 05:57

Covid-19: Aeroporto Internacional de Maputo ainda em vigilância para eventuais casos de coronavírus

Desde que foi detectado o primeiro caso de coronavírus na China e, recentemente, na vizinha África do Sul, com vários moçambicanos e estrageiros a se deslocarem e a regressarem de países cujo número de casos tem-se mostrado crescente a cada dia, vários departamentos tem estado em vigilância e tem adoptado medidas de protecção para evitar eventuais casos de contaminação.

 

Até esta quinta-feira, durante a ronda feita pela “Carta” no Aeroporto Internacional de Maputo e no Hospital Geral de Mavalane, embora se tenha verificado um ambiente calmo nos dois locais, era possível verificar os cuidados implementados principalmente no Aeroporto.

 

Por se tratar de um assunto que está a mexer com o mundo e havendo um perigo iminente de propagação do vírus, tendo em conta o fluxo migratório observado diariamente, “Carta” verificou que, dentre vários cuidados a serem tomados, grande parte dos trabalhadores do Aeroporto leva consigo máscaras e luvas, inclusive alguns passageiros. Em pouco tempo, foi possível também ver o pessoal da saúde trazendo alguns materiais para abastecer o sector, como álcool.

 

Em alguns pontos de venda era bem visível a comercialização de máscaras, álcool, gel para lavar as mãos. De entre várias inquietações, “Carta” procurou perceber sobre as medidas de quarentena aplicadas para os passageiros provenientes dos países com maior número de casos de coronavírus. Sem se identificar, um agente do Serviço Nacional de Migração explicou que no Aeroporto não existe um lugar específico para colocar as pessoas que devem ser submetidas a quarentena.

 

“Quando os passageiros desembarcam, são alvo de rastreio pelo pessoal da saúde e os que se suspeita estarem contaminados são encaminhados para o hospital para que sejam testados. Já para os casos de passageiros provenientes de países com grande nível de contaminação, são recomendados a se submeter em quarentena nos locais onde estarão hospedados”, explicou.

 

Entretanto, a fonte explicou que o rastreio é obrigatório, mas é difícil ter a certeza se as pessoas poderão cumprir com as recomendações do sector da saúde ou não.

 

“Carta” deslocou-se também ao Hospital Geral de Mavalane para inteirar-se das condições do centro de isolamento, caso ocorram casos de coronavírus no país. Existe uma área restrita onde inclusive parte dos funcionários do Hospital não pode ter acesso e fontes da “Carta” explicaram que o lugar está preparado e todas as salas têm camas para receber quaisquer eventuais casos.

 

O Centro de Isolamento preparado para receber eventuais casos de coronavírus é o mesmo que serve para responder a eventuais surtos de doenças infecto-contagiosas, como a cólera e o ébola. Com capacidade para 20 camas, neste momento, está equipado com 10 (dez) camas, as instalações estão vedadas e pouco distantes para isolar do recinto do resto do hospital.

 

Refira-se que, em todo o país, as autoridades da saúde garantem estar a preparar centros de isolamento do género, como medidas de prevenção. (Marta Afonso)

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