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quinta-feira, 19 março 2020 04:01

Covid-19: CTA pondera adiar CASP-2020

Em caso de agravamento das medidas para conter a propagação da pandemia do novo coronavírus (ou Covid-19), dentro e fora do país, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) diz que poderá reprogramar a realização da Conferência Anual do Sector Privado, CASP 2020, previamente agendada para os dias 05, 06, 07, 08 e 09 de Maio próximo.

 

Entretanto, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, mostra-se optimista na realização do evento, que leva à montra uma carteira de diversos projectos avaliados em 25 biliões de USD, devido às recentes acções de desenvolvimento da vacina contra a doença.

 

“Estamos a analisar. Diz-se que a primeira testagem [da vacina contra Covid-19] irá acontecer até próxima semana, nos Estados Unidos da América. Enquanto vivos a esperança não morre. Assim, a nossa espectativa é de que, na próxima semana, a vacina que está a ser adoptada teste positivamente e, antes de a doença eclodir em Moçambique”, afirmou Vuma, na última terça-feira (17), em Maputo.

 

O optimismo da CTA na realização da conferência manifesta-se após a comunicação de medidas para conter o Covid-19, pelo Presidente da República, com destaque para a proibição de eventos que juntam mais de 300 pessoas. Ciente disso, Vuma afirmou que, caso até Maio as medidas prevaleçam, a congregação não irá realizar o evento que espera acolher dezenas de participantes vindos do estrangeiro.

 

“Todas as entidades internacionais congéneres da CTA com quem rubricamos memorandos, cada uma trazia, em média, uma delegação de 20 empresários estrangeiros. Entretanto, caso a recomendação [anunciada pelo Presidente da República] prevalecer não teremos como realizar a conferência”, disse dirigente da CTA.

 

No âmbito da prevenção do Covid-19, mesmo antes de qualquer caso confirmado em Moçambique, a CTA diz estar a preparar um folheto para partilhar com os seus membros e não só.

 

Além do folheto, Vuma, que falava à margem da visita ao Parque Nacional de Tecnologias em Maluana, no distrito da Manhiça, acrescentou que a congregação está a terminar um estudo que vai orientar medidas a adoptar, nomeadamente, aduaneiras, financeiras, laborais até recomendações que possam apontar incentivos a fim de minimizar o impacto económico da pandemia.

 

“Pensamos que esta semana já vai ser concluído. Será presente ao Governo por causa do conjunto de medidas fiscais, laborais, entre outras que devem ser adoptadas pelo Governo. No estudo, estamos a trazer várias ideias usando as amostras locais, como forma de apoiar essa nossa preocupação de melhorar o ambiente de negócios”, conclui Vuma. (Evaristo Chilingue)

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