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Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

Sociedade

O Hospital Central de Maputo (HCM), por sinal a maior unidade sanitária do país, regista cerca de 100 casos de conjuntivite diariamente, sendo que neste momento tem um cumulativo de 1048. Deste número, 950 são casos de conjuntivite hemorrágica. Os adultos perfazem o maior número com 467 casos, 370 em crianças e 13 em idosos.

 

A informação foi partilhada esta quinta-feira (28), em Maputo, pelo Director do Serviço de Urgência do HCM, Dino Lopes.

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"Temos estado a acompanhar que há farmácias que estão a substituir os hospitais dando a medicação aos pacientes sem que tenham sido observados por um médico para saber qual é a melhor medicação para cada situação. Neste contexto, apelamos aos utentes a evitarem se dirigir às farmácias sempre que tiverem sintomas da conjuntivite para a automedicação", referiu.

 

Segundo Lopes, os casos de conjuntivite começaram a registar maior fluxo entre os dias 13 e 28 do mês corrente, com incidência em pacientes com idades compreendidas entre 14 e 60 anos, mas sem nenhum internamento.

 

Por outro lado, a Vereadora de Saúde da cidade de Maputo, Alice de Abreu, disse que desde 21 de Fevereiro já foram notificados 6.313 casos de conjuntivite hemorrágica neste ponto do país.

 

"Neste momento, temos 5.743 pacientes em acompanhamento hospitalar e 560 que já receberam alta, sendo que a maior parte dos casos são do distrito municipal KaNlhamankulu com 1.686, seguido do distrito KaMubukwana com 1.494 e KaMpfumo, 1.313".

 

Entretanto, Alice de Abreu explicou que a cidade de Maputo ainda não registou nenhum caso de complicação por conjuntivite. (M.A)

Pelo menos 500 jovens da província de Cabo Delgado vão beneficiar ainda este ano de Estágios Pré-profissionais e Remunerados, depois de formações vocacionais. Trata-se de uma iniciativa que visa oferecer ao sector privado a contratação de mão-de-obra jovem capacitada para responder aos desafios das micros, pequenas e médias empresas.

 

Segundo Edna Simbine, da TotalEnergies, os estágios pré-profissionais serão pagos pela petrolífera, por intermédio da Fundação Mozyouth. No ano passado, 680 jovens beneficiaram de formações vocacionais da TotalEnergies, através do programa CapacitaMoz em parceria com o IFPELAC e Instituto Industrial de Pemba. (Carta)

Continua em curso a contabilização dos estragos causados pelas chuvas intensas, que caíram na Área Metropolitana do Grande Maputo, domingo e segunda-feira, deixando inundados centros de saúde, estradas, casas e estabelecimentos comerciais e de ensino, nos cinco Municípios que compõem a região (Cidade de Maputo, Matola, Boane, Marracuene e Matola-Rio).

 

Até à noite desta terça-feira, dezenas de bairros dos Municípios de Maputo, Marracuene, Matola-Rio, Boane e Matola ainda se encontravam inundados, para além de dezenas de estradas que ainda continuavam intransitáveis. Por exemplo, a Estrada Nacional Nº1, nos troços entre os bairros 25 de Junho e Bagamoio e entre os bairros de Inhagoia e Jardim encontrava-se condicionada, devido às águas que alagaram a faixa de rodagem à esquerda, no sentido norte-sul.

 

Mesma situação se verificava no troço Zimpeto/Rotunda de Missão Roque, onde a água continuava concentrada na faixa de rodagem nas proximidades do Hospital Psiquiátrico de Infulene, do Posto de Abastecimento de Combustível da Total e do Mercado Grossista do Zimpeto. As Ruas Graça Machel, Ndhambi 2000, Marcelino dos Santos, Sebastião Marcos Mabote, da Beira e General Cândido Mondlane também se encontravam intransitáveis em alguns troços.

 

Já na Autarquia da Cidade da Matola, alguns troços da estrada Boquisso/Mukhatine, da Avenida Josina Machel, das estradas Km 15/Nkobe, Nkobe/Patrice Lumumba, Patrice Lumumba/T3, Mahlampsene/Mulotane e a passagem de nível da Avenida da OUA (Estrada Velha) também se encontravam intransitáveis, enquanto na Autarquia de Marracuene continuava a registar-se dificuldades para transitar nas estradas EN1/Mumemo, EN1/Pazimane, CMC/Guava/Mateque, Albasine/Marracuene e Michafutene/Santa Isabel.

 

A linha de Ressano Garcia também continua encerrada, devido à sua intransitabilidade no Km 15, onde a água ainda cobre a linha férrea. Já a linha de Limpopo está aberta para duas carreiras, nomeadamente, as de Marracuene e Manhiça.

 

Ainda no Município da Matola, quatro centros de saúde estão encerrados, nomeadamente, os Centros de Saúde Matola Santos, de Bedene, Língamo e Matola-Gare, devido às inundações. Os quatro centros de saúde encontram-se “debaixo” da água. Perto de 21 mil famílias, da Cidade de Maputo, Matola e do município de Marracuene continuavam nos centros de acomodação, constituídos maioritariamente por estabelecimentos de ensino.

 

Igualmente, oito bairros da capital do país (Chamanculo, Hulene “A” e “B”, Maxaquene “C”, Luís Cabral, 25 de Junho, Magoanine “A” e Mapulene) e quatro bairros da autarquia da Matola (Fomento Sial, Intaka, Machava Bunhiça e Matlemele) encontravam-se às escuras até à noite de ontem.

 

“Por motivos de segurança e prevenção de acidentes eléctricos, a EDM decidiu desligar alguns equipamentos eléctricos alagados e Postos de Transformação (PTs) que alimentam residências inundadas. Como consequência, estão sem energia cerca de 19.770 clientes”, refere a empresa Electricidade de Moçambique, em comunicado de imprensa, sublinhando estarem também privados de energia eléctrica clientes dos distritos de Moma e Larde, na província de Nampula, e de Linga-Linga e Mata, na província de Inhambane.

 

Para além de destruir, a chuva torrencial matou duas pessoas e feriu outra, na Cidade de Maputo. Também paralisou o processo do recenseamento eleitoral na região do Grande Maputo, tendo afectado perto de 90 brigadas. Bairros “luxuosos” da capital, como Triunfo, Mapulene e Chiango ainda continuam inundados, num “filme” que se repete 13 meses depois da sua estreia, em Fevereiro de 2023. (Carta)

A bancada parlamentar da Frelimo deverá chancelar, em definitivo, na manhã de hoje, o Acordo de Extradição entre as Repúblicas de Moçambique e Ruanda, celebrado em Junho de 2022, em Kigali, pelos Ministros de Estado para os Assuntos Constitucionais e Legais do Ruanda e da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique.

 

Hoje, a Assembleia da República discute, na Especialidade, a Proposta de Resolução que Ratifica o Acordo de Extradição entre a República de Moçambique e a República do Ruanda, aprovada, semana finda, na generalidade, pela bancada parlamentar do partido no poder.

 

O documento, que continua a não ser consensual entre as bancadas que compõem o Parlamento, visa impedir que ruandeses criminosos se refugiem no país, tal como criminosos moçambicanos se refugiem no Ruanda, segundo a Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.

 

Lembre-se que a Renamo e o MDM entendem que o Acordo de Extradição com Ruanda tem como objectivo perseguir os opositores de Paul Kagame, em Moçambique, enquanto a Frelimo defende que o mesmo visa agradecer a intervenção ruandesa, no combate ao terrorismo. (Carta)

Dois navios de guerra indianos, o navio de treinamento de cadetes INS Tir (A86) e o navio patrulha da classe Sukanya INS Sujata (P56), participam do Exercício Trilateral (Trilat) Moçambique, Tanzânia e Índia (IMT), actualmente em curso ao largo da costa sudeste africana.

 

O exercício decorre entre 21 e 29 de Março, com o objectivo de reforçar a cooperação entre Moçambique, Tanzânia e a Índia, informou a Marinha Indiana. Os dois navios da Marinha Indiana, INS Tir e INS Sujata, representam a Marinha Indiana, com o INS Tir a chegar a Zanzibar e o INS Sujata ao Porto de Maputo, em Moçambique. O navio da Guarda Costeira Indiana Sarathi também participa juntamente com navios da Marinha de Moçambique e da Tanzânia.

 

A primeira edição do exercício IMT Trilat foi realizada em Outubro de 2022, com a participação da fragata INS Tarkash (F50) em exercício com as Marinhas de Moçambique e da Tanzânia e a actual está planeada em duas fases.

 

No âmbito da fase portuária que decorreu entre 21 a 24 de Março, os navios da Marinha Tir e Sujata interagiram com as respectivas Marinhas nos portos de Maputo (Moçambique) e de Zanzibar (Tanzânia).

 

Esta fase começou com uma Conferência de Planeamento seguida de actividades conjuntas de treinamento portuário, como controlo de danos, combate a incêndios, procedimentos de busca e apreensão, palestras médicas, evacuação de vítimas e operações de mergulho.

 

A fase marítima do exercício, agora em curso até 27 de Março, abrange aspectos práticos de combate a ameaças assimétricas, procedimentos de busca e apreensão, maneio de barcos, manobras e exercícios de tiro. Uma vigilância conjunta da zona económica exclusiva (ZEE) está incluída durante a fase marítima. O exercício terminará com um relatório conjunto agendado no Porto de Nacala.

 

Durante a estadia no porto, os navios da Marinha Indiana estiveram abertos a visitas e as tripulações participaram de intercâmbios desportivos e culturais com as Marinhas anfitriãs. A Marinha Indiana disse que estas actividades sublinham o esforço da Índia para promover relações amistosas através da cooperação marítima, alinhando-se com a visão marítima do Primeiro-Ministro Shri Narendra Modi, conhecido como “SAGAR – Segurança e Crescimento para Todos na Região”, com ênfase no Sul Global.

 

Nos últimos meses, a Marinha Indiana tem estado muito activa ao largo da costa nordeste de África, e desde que o conflito Israel-Hamas se alastrou para o domínio marítimo, com as forças Houthi a atacarem navios ao largo do Iémen em solidariedade com a Palestina, a Índia aumentou o alcance das suas operações de segurança marítima.

 

A Marinha empreendeu acções proactivas durante o sequestro do graneleiro de bandeira de Malta MV Ruen em 14 de Dezembro de 2023. A Marinha indiana disse que 23 de Março marcou a conclusão de 100 dias de operações de segurança marítima em andamento sob a égide de 'Op Sankalp'. Durante este tempo, a Marinha Indiana respondeu a 18 incidentes na região do Oceano Índico. Isto incluiu uma operação bem coordenada que durou cerca de 40 horas, culminando com a retomada do MV Ruen das mãos dos piratas somalis pela Marinha indiana, resgatando os 17 tripulantes a bordo e apreendendo duas dúzias de piratas em 16 de Março.

 

A Marinha Indiana tem uma presença considerável na região do Mar Vermelho, com uma dúzia de navios de guerra destacados para fornecer segurança contra piratas, enquanto as potências ocidentais se concentram nos ataques dos Houthis do Iémen.

 

Em Janeiro, a Marinha Indiana frustrou dois sequestros por piratas somalis em poucos dias. Em 29 de Janeiro, o navio pesqueiro Al Naeemi e a sua tripulação (19 cidadãos paquistaneses) foram resgatados pelos indianos de 11 piratas somalis depois de o navio pesqueiro de bandeira iraniana ter sido abordado e a sua tripulação tomada como refém.

 

No dia anterior, o INS Sumitra estava novamente em acção ao largo da costa da Somália quando respondeu a uma mensagem de socorro relativa ao sequestro do navio pesqueiro Iman, de bandeira iraniana, que tinha sido abordado por piratas e a tripulação feita refém.

 

A Marinha Indiana disse que o INS Sumitra interceptou o navio e coagiu os piratas a libertar com segurança os 17 tripulantes junto com o barco. “O navio de pesca foi posteriormente higienizado e libertado para trânsito posterior.”

 

Em 5 de Janeiro, a Marinha Indiana resgatou outro navio das mãos de piratas e 21 tripulantes foram evacuados do MV Lila Norfolk, no Mar da Arábia do Norte, um dia depois de este ter sido abordado por meia dúzia de homens armados ao largo da costa da Somália.

 

Com base na avaliação da ameaça na região, a Marinha Indiana está a conduzir operações de segurança marítima em três áreas de operações, nomeadamente o Golfo de Aden e áreas adjacentes, o Mar da Arábia e ao largo da costa leste da Somália.

 

Desde Dezembro, a Marinha Indiana destacou mais de 5 000 efectivos no mar, mais de 450 dias de navegação (com mais de 21 navios destacados) e atingiu 900 horas de voo com aeronaves de vigilância marítima para fazer face a ameaças no domínio marítimo. (Africa Ports & Ships e DefenceWeb).

A Administração Nacional de Estradas (ANE) comunicou esta segunda-feira que, a partir de  hoje (26) até ao dia 10 de Abril do ano corrente, será interdita a circulação de viaturas pesadas de carga, na Estrada R698: Montepuez-Mueda para permitir a execução de trabalhos de emergência em secções críticas do troço rio Muirite-Mueda, se as condições climatéricas forem favoráveis.

 

“Neste momento, esforços estão a ser empreendidos com vista a repor a transitabilidade na Estrada N380: Macomia-Oasse, que liga os distritos da zona Norte da província de Cabo Delgado, onde a subida do nível das águas do rio Messalo concorreu para a danificação da plataforma do troço da estrada que atravessa a baixa deste rio”, lê-se no comunicado da ANE.

 

A Autoridade informa, igualmente, que devido à chuva intensa que tem vindo a cair na província de Cabo Delgado, causando danos severos na rede de estradas da província, a transitabilidade encontra-se condicionada em algumas vias.

 

Nesse contexto, a ANE apela aos utentes das estradas em geral para a programação das deslocações e transporte de passageiros com observância redobrada das medidas de precaução na época chuvosa e em locais de fraca visibilidade, sobretudo, em locais alagados e na aproximação de estruturas de drenagem (pontes, pontões, aquedutos, drifts, etc.).

 

Em nota de imprensa, a instituição recomenda a não circulação de veículos com peso total acima de 10 toneladas em tempos chuvosos em estradas terraplanadas e apela ao acompanhamento da informação disseminada pelas entidades competentes. (Carta)

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