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quarta-feira, 04 março 2020 05:02

FMI inicia negociações para retomar apoio ao Orçamento em finais de Março corrente

O Fundo Monetário Internacional (FMI) irá iniciar, em finais de Março corrente, debates com vista a retomar o apoio directo ao Orçamento do Estado moçambicano, anunciou ontem, em Maputo, o representante daquela instituição no país, Ari Aisen.

 

A comunicação do representante do FMI, em Moçambique, acontece uma semana depois de o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, anunciar que o Governo já submeteu a carta de pedido de negociação para retoma de financiamento, na sequência da pré-disposição manifestada pelo FMI em voltar a apoiar o país, em finais de 2019.

 

“Sabemos que o Governo fez o pedido oficial de uma abertura das negociações entre o FMI e o Governo. Essas negociações vão começar ainda no fim deste mês e vamos ver como elas avançam”, afirmou o representante do FMI no país.

 

Segundo Aisen, que falava a jornalistas, à margem dum seminário subordinado ao tema “Conjuntura e Perspectiva Macroeconómicas e seu Impacto nas Empresas - Perspectivas para 2020”, o início das negociações irá decorrer em Maputo e serão orientadas por uma delegação do FMI que nos próximos dias deverá chegar ao país.

 

O representante do FMI, em Moçambique, não precisou as datas do início e fim das negociações, bem como da retoma do referido financiamento ao país, alegadamente por ser ainda prematuro.

 

“É prematuro, neste momento, dizer qualquer coisa. Vamos esperar uma missão que vem ao país. Esperamos que essas negociações façam um bom curso para que cheguem os resultados finais que sejam bons para Moçambique”, disse Aisen.

 

De entre vários parceiros de cooperação de Moçambique, o FMI é a primeira instituição que dá passos significativos para retomar o financiamento directo ao Orçamento do Estado, enquanto outras entidades ainda se mostram sem data de retornar ao programa de financiamento directo, após suspenderem em 2016, com a descoberta do escândalo das “dívidas ocultas”, avaliadas em pouco mais de 2 biliões de USD. (Evaristo Chilingue)

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