A subsidiária europeia do Credit Suisse Group AG, que se declarou culpada de conspirar para defraudar investidores com títulos moçambicanos, concordou que lhes deve US$ 22,6 milhões em restituição.

De acordo com a Reuters, os promotores pediram ao juiz distrital dos EUA William Kuntz, na terça-feira, para ordenar que a subsidiária pague a restituição a 18 investidores em títulos moçambicanos do Credit Suisse. Grande parte dos rendimentos dos títulos foram desviados por meio de subornos para banqueiros do Credit Suisse e funcionários de Moçambique, disseram os promotores.

A subsidiária, Credit Suisse Securities Europe, concordou com o valor, de acordo com o documento. Credit Suisse já se declarara culpada de conspiração no ano passado como parte de um acordo de US$ 475 milhões com autoridades americanas e britânicas.

Um porta-voz do Credit Suisse recusou-se a comentar na quarta-feira. Kuntz considerará o pedido na audiência de sentença da subsidiária marcada para sexta-feira no Brooklyn.

Os encargos decorrem de quase US $1 bilhão em ofertas de títulos e um empréstimo sindicalizado que o Credit Suisse ajudou a organizar entre 2013 e 2016 para financiar um projeto da indústria de pesca de atum em Moçambique.

Em outubro, o Credit Suisse entrou em acordo de três anos com o Departamento de Justiça dos EUA, no qual assumiu a responsabilidade por defraudar os detentores de títulos moçambicanos. Como parte do acordo, o Credit Suisse concordou em pagar restituição aos investidores prejudicados nos títulos de 2016.

Documentos judiciais listaram os pagamentos propostos a investidores institucionais, incluindo quase US $5 milhões para o fundo de hedge NWI Management, com sede em Nova York, e US $4,3 milhões para a gestora de ativos AllianceBernstein.

O caso é United States v. Credit Suisse Securities (Europe) Ltd, nº 1:21-cr-00520, Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Leste de Nova York.

A subsidiária europeia do Credit Suisse Group AG, que se declarou culpada de conspirar para fraudar investidores em títulos moçambicanos, concordou que deve a eles US$ 22,6 milhões em restituição. (Carta)