Pelo menos 120 funcionários e agentes do Estado, que já se encontram no Posto Administrativo de Diaca, distrito de Mocímboa da Praia, norte da província de Cabo Delgado, queixam-se de falta de condições básicas para garantir a sua sobrevivência.

Entre os serviços em falta, os referidos funcionários, na sua maioria professores, pedem a reposição dos serviços bancários, de saúde e do comércio. As preocupações foram colocadas há dias em um encontro com o Secretário do Estado da província de Cabo Delgado, António Supeia.

Apesar de Diaca ser um dos poucos Postos Administrativos de Mocímboa da Praia que ainda conta com alguma população a residir, o facto é que a vida encontra-se praticamente parada. O comércio e os serviços bancários, por exemplo, dependem em grande medida das vilas-sedes de Mocímboa da Praia e Mueda, que são os locais os comerciantes vão comprar os produtos a grosso, assim como realizar operações financeiras.

António Supeia esteve no distrito de Mocímboa da Praia na passada sexta-feira, onde para além de se reunir com alguns funcionários públicos que já se encontram a trabalhar naquele distrito, testemunhou também a realização de uma campanha de limpeza da vila-sede de Mocímboa da Praia, no âmbito da reconstrução e restabelecimento de serviços básicos para o normal regresso da população àquele ponto do país.

No entanto, embora tenha garantido que tudo tende a regressar ao normal, ainda não há data para o regresso da população a Mocímboa da Praia. O clima de insegurança ainda paira, por exemplo, entre os funcionários públicos que se encontram naquele distrito da província de Cabo Delgado. (Carta)