O Presidente do Colégio de Obstetrícia e Ginecologia da Ordem dos Médicos de Moçambique, António Bugalho, acaba de se demitir do cargo. O pedido foi submetido ao Bastonário da Ordem do Médicos, Gilberto Manhiça, no passado dia 10 de Agosto (terça-feira).

No documento de pedido de demissão, que circula nas redes sociais desde a última sexta-feira e a que “Carta” teve acesso, António Bugalho justifica a sua decisão com o facto de não concordar e muito menos ter conseguido estabelecer uma forma justa de concursos para a ocupação de vagas para as colocações após os exames finais da especialidade.

Segundo o Presidente do Colégio de Obstetrícia e Ginecologia, a situação tem levado à colocação de especialistas recém-formados nos hospitais de residência, principalmente, no Hospital Central de Maputo, ocupando vagas de médicos mais experientes com pelo menos dois anos de prática clínica independente noutros pontos do país, também sujeito a concurso.

“Esta ausência de transparência nas colocações, desvaloriza a prestação do especialista durante a sua residência e avaliação final e, posteriormente, a sua prestação como clínico independente”, explica a fonte, sublinhando que “nada desta situação tem a ver com a Ordem dos Médicos de Moçambique”.

Contactado pela “Carta”, António Bugalho confirmou a autenticidade do documento, mas negou comentar em torno do mesmo, alegando que este ainda não era do conhecimento do Ministério da Saúde. (Marta Afonso)