O partido Frelimo, que comanda os destinos do país desde a independência nacional, considera-se vítima dos ataques terroristas, que se verificam há quase quatro anos em alguns distritos da província de Cabo Delgado. A informação foi avançada esta terça-feira, pelo recém-eleito Primeiro-Secretário do Comité Provincial da Frelimo de Nampula, Luciano De Castro, numa cerimónia de apresentação aos “camaradas”.

Sem revelar a quantidade de membros e simpatizantes da Frelimo assassinados pelos terroristas, De Castro afirmou apenas que os insurgentes têm perseguido e assassinado os membros e simpatizantes daquela formação política.

Aliás, no seu discurso, a fonte não descartou a possibilidade de os ataques terroristas se alastrarem para a província de Nampula, considerado o maior centro de recrutamento de jovens que integram as fileiras dos terroristas.

Refira-se que os ataques terroristas já causaram a morte de mais de duas mil pessoas, entre civis, membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e integrantes do grupo terrorista. Mais de 800 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas zonas de origem, sendo que algumas se encontram ao relento da cidade de Pemba. (Carta)