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quarta-feira, 30 novembro 2022 03:09

África é uma das regiões mais afectadas pelo HIV/Sida e com grandes disparidades no tratamento

De acordo com o mais recente relatório global do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgado nesta segunda-feira, no âmbito do Dia Mundial de luta contra o Sida que se assinala amanhã, África lidera a lista das regiões mais afectadas pelo HIV/Sida. Os dados indicam que as mulheres grávidas e lactentes lideram a cobertura na zona ocidental com 60% e 89% na região oriental e austral.

 

O relatório aponta que a geografia é apenas uma das três desigualdades identificadas pelo relatório, no entanto, a pobreza e o género têm estado a exercer um impacto nas crianças e adolescentes afectadas pelo HIV.

 

"Onde uma criança nasce, o seu género e o acesso a recursos são os principais indicadores da sua vulnerabilidade ao HIV, da sua saúde e segurança em geral".

 

Lançado no âmbito do Dia Mundial da Luta Contra o Sida, o documento aponta que as raparigas possuem o triplo da taxa de novas infecções pelo vírus comparativamente aos rapazes e o equilíbrio do género entre ambos varia de região para região.

 

Entretanto, na Europa oriental e Ásia central, na África oriental e austral e na África ocidental e central a maioria das novas infecções ocorreram em adolescentes dos 10 aos 19 anos, maioritariamente em raparigas e, nestas três regiões, as raparigas foram responsáveis por 79% das novas infecções em adolescentes.

 

De acordo com o documento, as crianças e adolescentes são o grupo mais vulnerável ao HIV/Sida na África Subsahariana, que no ano passado contava com seis em cada sete crianças e adolescentes dos 0 – 19 anos com HIV, ou seja, 86 por cento destes, três quartos viviam na África oriental e austral.

 

Portanto, as duas regiões da África ocidental e central e da África oriental e austral representavam, em 2021, cerca de 92% das 800 mil crianças com vírus em idades compreendidas dos 0 – 14 anos que não faziam tratamento da doença. (Marta Afonso)

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