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quarta-feira, 31 agosto 2022 07:27

África do Sul vai destruir milhões de doses de vacina contra a Covid-19

vacinas pfizer

O governo sul-africano está com 10 milhões de doses de vacinas (da Pfizer) contra a Covid-19, mas com apenas cerca de 10.000 administradas semanalmente, sendo que o restante terá de ser destruído em Outubro.

 

O ministro da Saúde, Joe Phaahla, disse que, devido à baixa aceitação das vacinas contra a Covid-19, o governo terá de destruir milhões de doses da vacina Pfizer até Outubro, quando estas expirarem. “Estamos sentados com 10 milhões de doses de vacinas e, em média, apenas 10.000 estão a ser distribuídas semanalmente.”

 

Falando na segunda-feira, no sétimo Congresso Nacional da Campanha de Acção de Tratamento (TAC), Phaahla disse que a pandemia da Covid-19 foi "stressante" e afectou negativamente a saúde mental das pessoas, e muitas vezes morrendo sozinhas. O governante disse que a pandemia não acabou, pois, ainda está “à espreita”. 

 

Entretanto, ele admitiu que, embora o governo tenha feito avanços na sua campanha de vacinação, não atingiu a meta, com a imunização de adultos actualmente em 52%, contra os 70% previstos.

 

Tratamento de HIV/SIDA afectado

 

Phaahla disse que a pandemia também teve um impacto terrível no tratamento e adesão ao HIV/SIDA, como resultado das restrições de bloqueio que levaram as pessoas a deixar de receber o tratamento, acrescentando que a África do Sul estava a redobrar esforços para erradicar a doença.

 

O ministro disse que via a Covid-19 como um problema de saúde pública que afecta a todos, desde Chefes de Estado a empresários, motivo pelo qual as vacinas foram desenvolvidas rapidamente.

 

Isso foi, no entanto, refutado pelo director do Programa de Acção de Saúde Rural, Russell Rensburg, que referiu: “a Covid-19 não afectou todos da mesma forma. A Covid-19 foi desproporcionalmente suportada pelos pobres. Muitas pessoas nem conseguiram acesso ao teste e é muito triste você dizer que foi um equalizador. Se aprendemos alguma coisa nos últimos anos, é que o gozo de direitos iguais não é igual”. (Carta)

 

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