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quarta-feira, 27 abril 2022 07:43

INAE suspende “indústrias” de água mineral

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A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) suspendeu, há dias, duas indústrias vocacionadas à captação e enchimento de água (mineral), devido às diversas irregularidades, nas províncias de Maputo e Manica.

 

Segundo o Porta-voz da INAE, Tomás Timba, a indústria suspensa na província de Maputo está sediada no distrito de Namaacha e dedica-se à captação e enchimento de três marcas de água, nomeadamente Águas Montes Libombo, Águas da Montanha e ilicitamente a Água Montemor, esta última por sinal pertencente a uma outra empresa localizada em Namaacha.

 

“Os principais problemas constatados nesta unidade fabril e que culminaram com a suspensão imediata e uma pena administrativa de acima de 1 milhão de meticais são: o uso ilícito da marca “Montemor”, péssimas condições de higiene e asseio e, principalmente, a falta de laboratório de ensaio”, explicou.

 

Mais adiante, Timba explicou que, para além do laboratório de ensaio, e no que concerne ao controlo da qualidade, o último boletim de análise apresentado datava de 2018, o que significa que há quatro anos que a empresa não procedia à análise da água.

 

“Foi feita a análise de colheitas submetidas ao laboratório e o resultado demonstrou que a água é imprópria para o consumo humano. São vários os elementos que ditaram este juízo, no entanto, importa destacar, a título exemplificativo, que o nível de coliformes fecais está muito acima do admissível. O normal deve ser menos que 1 e, nesta água, encontra-se acima de 100. O nível de micro-organismos também deve ser máximo de 100, no entanto, nesta água, estão acima de 300, o que significa que este produto atenta contra a saúde pública, o que pode provocar doenças como diarreias’’, referiu.

 

Segundo Timba, a INAE fez a recolha das águas para a destruição no mercado, a partir da rede de distribuição da empresa, donde até ao momento, já foram retiradas 1112 garrafas de 500 ml, 74 garrafas de 1,5 litros, 231 garrafas de 5 litros, o que totaliza 2617 garrafas de água retiradas.

 

Entretanto, na cidade de Chimoio, província de Manica, também foi suspensa uma unidade de produção de água. Nesta unidade, importa realçar que a água era enchida em saquetas de plástico, como se fossem gelinhos, o que não é permitido pela legislação moçambicana. Para o efeito, foi suspensa a actividade fabril e retirados 2,374 pacotes da água da marca “água ta nice”.

 

Refira-se que esta é a segunda vez, em pouco menos de um ano, que a INAE encerra indústrias de captação e enchimento de água mineral, sendo que, em Maio do ano passado, foi encerrada a indústria denominada “Juga's Water” também na província de Maputo. (Marta Afonso)

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