Fonte da empresa adjudicatária, a Consórcio Investimentos Imobiliários, diz que não. Do ponto de vista custo-benefício, não! O edifício está orçado em 270 milhões, causando muito burburinho nas redes sociais. O anúncio da adjudicação é parco em informação. Nem sequer inclui a área coberta, para ajudar no julgamento público, alimentando a especulação. No caso vertente, disse fonte da empresa, a área coberta é de 2.800 m2 (um comentário que mais circulou nas redes sociais referia que o valor daria para construir um edifício de 460 m2).
Por outro lado, o edifício responde a um padrão concebido pelo Cofre do Tribunais para palácios de justiça provincial, designadamente para todas as capitais províncias. Mas o padrão não inclui equipamento que o adjudicatário concebeu para o edifício de Inhambane, nomeadamente um Posto de Transformação, um gerador e um sistema para rede de dados móveis e outros de “back ups" com painéis solares.
Apuramos que o Cofre dos Tribunais recebeu propostas de valor superior para o mesmo edifício sem as componentes extras referidas. Por fim, o terreno. Em Moçambique a terra pertence ao Estado mas existe um mercado de compra e venda de terra e, no caso vertente, o adjudicatário “trespassou” o direito de uso e aproveitamento do terreno para o Cofre.
Por tudo isto, a fonte diz que a polêmica não faz sentido, pois o preço não está extrapolado. A polêmica foi gerada por falta de informação. (M.M.)