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sexta-feira, 25 fevereiro 2022 09:56

Tumultos de Xinavane levam à queda de Inácio Dina em Maputo

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Inácio João Dina, Adjunto do Comissário da Polícia, já não é Comandante Provincial da PRM (Polícia da República de Moçambique) na província de Maputo. Dina foi demitido na manhã desta quinta-feira, depois dos tumultos verificados na passada quarta-feira, no Posto Administrativo de Xinavane, distrito da Manhiça, na província de Maputo.

 


Para além de Dina, também foram exonerados o Comandante Distrital da PRM na Manhiça, José Jofrisse; o Chefe das Operações da PRM também naquele distrito e o Chefe do Posto Policial de Xinavane.

 


Fontes da “Carta” avançam que os quatro membros da PRM foram demitidos devido aos tumultos de Xinavane, que culminaram com o incêndio de viaturas, do Posto Policial local e de algumas residências.

 


No entanto, a PRM nega esta versão. “Oportunamente, a mídia saberá porquê ele cessou funções, mas garanto que não foi pelas razões que estão a ser difundidas. Em breve, ele será conduzido para ocupar um novo cargo”, disse uma fonte do Ministério do Interior.

Sublinhar que Inácio Dina, que exercia a função de Comandante Provincial da PRM de Maputo desde Abril de 2020, é dos poucos gestores públicos que são exonerados em consequência de má gestão.


Lembre-se que, em 2020, a PRM foi abalada por um escândalo de gravidezes na Escola Prática da PRM de Matalane (Marracuene), tendo como protagonistas os Instrutores. No entanto, ninguém foi responsabilizado.

 


Refira-se que os tumultos ocorridos na quarta-feira, em Xinavane, derivam da detenção, no dia anterior, de sete trabalhadores da Açucareira de Xinavane por alegadamente incitarem outros funcionários a protestar contra o não aumento salarial e pagamento de bónus, um diferendo que se verifica há quase um mês. Vinte e sete pessoas foram detidas na sequência de actos de vandalismo. (Marta Afonso)

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