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quarta-feira, 05 janeiro 2022 06:45

Autoridade diz haver esperança de gás natural no Bloco de Búzi

O Instituto Nacional de Petróleos (INP) diz que a campanha de perfuração, testagem e completação dos furos BS-1 e BS-2, que terminou a 23 de Setembro último, revelou fortes indícios de existência de gás natural nas diversas formações geológicas.

 

Citando o relatório da Buzi Hydrocarbons, operadora do Bloco de Búzi, uma nota do INP reporta que foram encontrados indícios de gás natural nas formações geológicas upper and lower grudja.

 

“O passo seguinte será a avaliação desta possível descoberta para confirmação e posterior informação ao Governo que, dependendo das quantidades, deverá aprovar um plano para a monetização dos recursos descobertos”, refere a nota disponível no site do INP.

 

Refira-se que a Buzi Hydrocarbons implementou actividades de prospecção, que consistiram na aquisição de cerca de 600 km de actividade sísmica e culminaram com a identificação de prospectos passíveis de acumulação de hidrocarbonetos. Para aferir a presença de hidrocarbonetos, a petrolífera indonésia iniciou em Fevereiro de 2020 a abertura de dois poços de pesquisa, mormente, o Buzi Shallow-1 (BS-01) e o Buzi Shallow-2 (BS-02).

 

O furo BS-1 atingiu a profundidade total de 1567 metros e manifestou ao longo da sua perfuração a ocorrência de gás natural, nos horizontes Grudja Superior, G6, G7, G8, G9 e G10, e aguarda os testes de produção para confirmar uma possível descoberta. Já o furo BS-2, localizado a 1000 metros de distância do primeiro, foi executado com o objectivo de avaliar a continuidade lateral dos horizontes prospectivos das Formações de Grudja Superior e Inferior que mostraram manifestações de gás natural no primeiro furo.

 

Ambos furos foram executados no âmbito do programa de trabalho do respectivo Contrato de Concessão para Pesquisa e Produção acordado com a concessionária em 2010, que previa a execução de dois poços de pesquisa no segundo e terceiro períodos de pesquisa, respectivamente. Durante o primeiro período de pesquisa e a anteceder a execução dos poços, a Buzi Hydrocarbons reprocessou 300 km de sísmica 2D pré-existente, reinterpretou 1650 km de sísmica 2D pré-existente, adquiriu, processou e interpretou 600km de sísmica 2D.


Igualmente, no processo de avaliação dos furos, a Buzi Hydrocarbons injectou nitrogénio para a remoção dos fluidos de completação na formação do Upper Grudja, procedimento que viabilizou a limpeza do poço para a retirada de possíveis obstruções, de modo a permitir que o gás fluísse convenientemente durante a testagem. Porque o processo ocasionou o aparecimento de chamas, especulou-se a ocorrência preliminar de gás natural.

 

Entretanto, o INP afirma que, não obstante esses dados preliminares, a companhia petrolífera continua a realizar estudos de modo a determinar a quantidade de gás natural existente, procedimento estipulado no Regulamento de Operações Petrolíferas, aprovado pelo Decreto Nr. 34/2015, de 31 de Dezembro. (Carta)

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