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sexta-feira, 03 março 2023 06:22

Comandante-Geral da PRM avisa que os agentes não devem contrair novos empréstimos bancários

Bernardino RafaelNOVA030121

O comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael avisou que não vai permitir que policiais se endividam, através de empréstimos bancários, argumentando que a situação está a prejudicar a vida dos próprios agentes e das suas famílias.

 

A medida circula através de um áudio, gravado pelos próprios agentes, num encontro entre o comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, e membros da corporação na cidade de Pemba, em Cabo Delgado.

 

Bernardino Rafael alertou que vai orientar todos os comandos a nível do país, para não aceitar requerimentos de agentes da PRM, para contrair  empréstimos bancários, até porque, há casos de endividamento em três instituições bancárias, mas a vida desses membros continua na miséria.

 

"Três bancos concederam empréstimos, e os beneficiários não tem terreno, nem ideia, estou a falar a sério como vosso pai, e vou escrever até, qualquer serviço nosso, direcção da logística e finanças vão colar ali, não quero que um membro da Polícia da República de Moçambique vá contrair empréstimo ao banco...há casos de burladores, empresta aqui e foge, não termina o pagamento, é fugitivo", referiu, lamentando o caso de agentes que contraíram empréstimos em três bancos.

 

Segundo o comandante-geral, depois do processamento de salários, alguns agentes, no final do mês, ficam apenas com três mil meticais, depois de efectuado o desconto, quando têm famílias com crianças para sustentar, facto que de certa maneira, influencia o seu desempenho na corporação.

 

Bernardino Rafael aconselhou aos agentes da PRM, a fazer  a devida gestão dos seus ordenados, para melhorar a sua vida. Pediu ainda paciência face à demora que se verifica na corporação no pagamento do salário, sustentando que se está a trabalhar para melhorar o salário de todos, mas advertiu que ninguém deve olhar o salário do seu colega e fazer comparação com o que aufere.

 

A posição de alguns agentes foi contra a decisão do Comandante-Geral, mas outros consideram justa, mas ambos lamentam que o salário da corporação ainda não corresponde ao actual custo de vida, apesar dos ajustes tornados públicos. (Carta)

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