Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

sexta-feira, 11 novembro 2022 06:03

Mercado Central de Maputo sem água há mais de uma semana por causa de dívidas

A suspensão no fornecimento de água há mais de uma semana, a um dos maiores mercados municipais do país, afecta os trabalhadores que se encontram em mais de 530 estabelecimentos comerciais. 

 

Segundo relatam os comerciantes, a água não jorra nas torneiras há mais de uma semana e a direcção do mercado prefere manter-se em silêncio em relação ao assunto, o que lesa os vendedores que encontram dificuldades para usar as casas de banho e para lavar os seus legumes e verduras.

 

Sem água para higiene pessoal e dos produtos alimentares, a situação torna-se complicada no Mercado Central de Maputo.

 

“Estamos a trabalhar arrasados e com muitas dificuldades, não temos água há dias, passamos mal para ir à casa de banho, não temos água sequer para beber e o pior de tudo é que pagamos taxas todos os dias”, relatam os vendedores.

 

A falta de água no Mercado Central é um problema já antigo.

 

“No mês de Maio, tivemos os mesmos problemas, ficamos cerca de duas semanas sem água e só ouvíamos por aí que a água foi cortada por falta de pagamento de algumas facturas, dias depois foram pagar e voltamos a ter água, mas isto parece estar a tornar-se hábito e nós estamos a passar mal, casa de banho precisa de água, grande parte das coisas que aqui vendemos precisam de água, estamos a passar vergonha neste mercado”.

 

Os vendedores pedem ainda a quem de direito para que resolva o problema o mais rápido possível, porque segundo referem “sem água não há vida” e a situação está cada vez mais preocupante tendo em conta que o mercado é grande.

 

Entretanto, “Carta” tentou sem sucesso ouvir a direcção do Mercado Central de Maputo para obter a sua versão sobre os cortes frequentes de água.

 

Lembrar que esta é a segunda vez este ano que o Mercado Central de Maputo fica sem água, sendo que o primeiro corte ocorreu no mês de Maio, fazendo com que os vendedores ficassem duas semanas e foram obrigados a recorrer às águas dos esgotos para dar continuidade aos seus negócios. (Marta Afonso)

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