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Durante a cerimónia de deposição de flores, na Praça dos Heróis Moçambicanos, por ocasião das comemorações do Dia do Professor, que se celebra a 12 de Outubro, professores ouvidos pela “Carta” afirmaram que o aumento salarial que se poderá verificar com a implementação da Tabela Salarial Única poderá evitar a mobilidade de vários professores.
Neto Guambe, professor de Francês, da 12ª Classe, diz que há uma maior expectativa por parte dos professores em relação à implementação da Tabela Salarial Única (TSU).
“Se a TSU for efectivada dentro das nossas expectativas poderá de certa forma melhorar a motivação do professor, reduzir a mobilidade dos professores, visto que, pelo tempo de serviço que tenho já perdi muitos colegas, não pela morte, mas que saíram da educação para outros ministérios e uma das coisas de que estavam à procura é o próprio salário. Entretanto, o patrão é o mesmo, mas sabe-se que naquela posição há sempre uma diferença e isso poderá resolver os nossos problemas’’.
Guambe explicou que, em relação às condições de trabalho, para além da carteira, um quadro, um giz, é suficiente para eles se sentirem bem. E quanto às horas extras, a fonte refere que, desde 2016, a classe não tem enfrentado problemas neste aspecto.
Por sua vez, Roberto Rui, professor da 6ª Classe, diz que o salário do sector da educação sempre foi algo que tirou paz a muitos professores, porém, com a implementação da TSU, espera que melhore a vida do professor para evitar muita mobilidade. “Estamos felizes com a implementação da TSU e esperamos que ela se concretize para as coisas melhorarem”.
Mais adiante, Rui garantiu que o livro da 6ª classe de Ciências Sociais já foi cancelado e arrumado, no entanto, o ministério compilou o caderno específico.
Já Alcinda Mavila, professora da 1ª classe, considera que o actual salário da classe não é satisfatório, no entanto, há rumores entre os colegas de que com a TSU vão passar a receber boa coisa.
Por seu turno, a professora Marta disse à nossa reportagem que o salário do professor não é suficiente para nada e o que mais aborrece a classe são as incertezas da implementação da TSU.
“Assim nós professores recebemos a partir do dia 15 de cada mês, mas com a implementação desta nova tabela estamos a prever que o salário vai atrasar e, quando chegar a hora, depois de muita demora, podem vir a dizer que já não vamos ter TSU e isso não nos deixa felizes, não estamos satisfeitos”. (Marta Afonso)
