Entram em vigor, no próximo dia 15 de Julho, as novas tarifas para o transporte de passageiros de longo curso. A nova tabela foi aprovada esta semana pela Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO).

As novas tarifas variam entre 300 Meticais e 6.000 Meticais, sendo que a mais “barata” irá vigorar na rota Maputo-Macia (Gaza) e a mais “cara” na rota Maputo-Lichinga (Niassa). A tabela recentemente aprovada aplica-se apenas aos transportadores interprovinciais cujo ponto de partida e chegada é a cidade de Maputo, num total de 36 rotas. No caso dos transportes interdistritais, as tarifas serão aprovadas pelos respectivos Governos distritais e provinciais.

De acordo com a nova tabela, a viagem de Maputo à Xai-Xai (Gaza), por exemplo, passa a custar 500,00 Meticais, mesmo valor a ser pago pelos passageiros que saírem da capital do país para as cidades de Chibuto e/ou Chókwè, também na província de Gaza.

Já com 600,00 Meticais, só é possível viajar de Maputo para a vila de Mandlakaze ou para as localidades de Mandere e Muhambe, também na província de Gaza. As viagens para a cidade da Maxixe, Panda e Inhambane-Céu, na província de Inhambane, a título de exemplo, passam a custar 1.000,00 Meticais.

Quem quiser visitar familiares na cidade de Vilankulo (Inhambane) ou na vila de Chicualacuala (Gaza) terá de pagar 1.500,00 Meticais. A viagem para cidade da Beira passa a custar 2.500,00 Meticais, enquanto as viagens para as cidades de Quelimane e Tete passam a custar 3.500,00 Meticais. Por sua vez, as rotas Maputo-Nampula e Maputo-Pemba passam a custar 4.500,00 e 5.500,00 Meticais, respectivamente.

Em conversa com “Carta”, o Presidente da FEMATRO, Castigo Nhamane, afirmou que as novas tarifas resultam das conversações havidas entre a agremiação e o Governo em Dezembro de 2021 e não necessariamente dos recentes aumentos dos preços dos combustíveis.

Segundo Nhamane, nas negociações havidas em Dezembro do ano passado, cujas tarifas entraram em vigor a 02 de Janeiro último, ficou acordado que os transportadores iam agravar apenas 1,50 Meticais por cada quilómetro, ao invés de aumentar 1,75 Meticais, tal como vinha vertido na sua proposta.

“O que fizemos agora foi reajustar aqueles 0,25 Meticais que ficaram por aplicar em Janeiro. Acabamos assumindo os novos preços dos combustíveis dentro deste reajuste”, afirmou Castigo Nhamane, garantindo que a FEMATRO poderá rever as tarifas, caso se verifique um novo aumento nos preços dos combustíveis.

De acordo com o presidente da FEMATRO, as actuais tarifas irão ajudar os operadores a minimizar os prejuízos operacionais causados pela subida dos preços dos combustíveis, pois, para além do gasóleo, os transportadores também gastam o dinheiro com as portagens. “Com a entrada em funcionamento das novas portagens na EN1, quem vai à Beira, por exemplo, é obrigado a pagar 8.360,00 Meticais nas portagens, ida e volta”, revelou a fonte.

Refira-se que as novas tarifas dos transportes de longo curso foram aprovadas um dia depois da greve dos transportadores semi-colectivos de passageiros da Área Metropolitana do Grande Maputo, que exigiam o aumento das tarifas face ao aumento dos preços dos combustíveis. (Carta)