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segunda-feira, 28 fevereiro 2022 04:42

Finalmente, FDS comunicam morte de “soldado” em combate em Cabo Delgado

Finalmente, em mais de quatro anos e quase cinco meses de violência extremista em Cabo Delgado, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) ousaram emitir um comunicado, anunciando a morte de um soldado em combate, no chamado Teatro Operacional Norte (TON). Até ao momento, apenas as tropas da SADC e do Ruanda anunciavam a morte dos seus soldados, no combate aos ataques terroristas, na província de Cabo Delgado.

 

Entretanto, no passado dia 23 de Fevereiro (quarta-feira), a 10ª Sub-Unidade de Intervenção Rápida emitiu um comunicado, com o número de referência 01/10ª SUIR/GC/CD/2022, anunciando a decapitação de um Guarda Estagiário da Polícia da República de Moçambique (PRM), de nome Rafael Agostinho.

 

O documento, assinado pelo Comandante da Sub-Unidade, Gonçalves Matsombe, refere que o acto bárbaro foi cometido pelos terroristas, quando eram 01:30 horas, da última quarta-feira, na aldeia V Congresso, no Posto Administrativo de Chai, distrito de Macomia. Refere ainda que a vítima pertencia ao efectivo do Comando Provincial da PRM do Niassa e estava afecta à 6ª Companhia Independente. Em Cabo Delgado, exercia a função de patrulheiro.

 

De acordo com a PRM, os restos mortais de Rafael Agostinho foram transladados para a Morgue do Hospital Provincial de Pemba e, posteriormente, seguiram para Niassa, sua terra natal.

 

Refira-se que esta comunicação mostra uma mudança na postura das FDS, que sempre optaram pelo silêncio em relação às baixas que se verificavam nas forças moçambicanas durante os combates. Aliás, até ao momento, não se sabe quantos militares moçambicanos perderam a vida em Cabo Delgado. Também não sabe quanto o Governo moçambicano já desembolsou para o combate aos ataques terroristas.

 

No entanto, esta postura comunicativa já tinha sido demonstrada no passado dia 17 de Fevereiro, quando a PRM informou a detenção de um sargento de operações especiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) na posse de duas armas de fogo (uma RPG-7 de alcance de 500 metros e uma AK-47), cinco carregadores e 144 munições. (O.Omar)

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