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terça-feira, 20 abril 2021 02:17

“Vítimas” da SIE Xmoney Moçambique, Lda. exigem indemnização

Burlados. É assim que se sentem as vítimas da SIE Xmoney Moçambique, Lda., um “banco digital”, localizado na cidade de Nacala-porto, província de Nampula, cujas operações ilegais foram denunciadas, há dias, pelo Banco de Moçambique.

 

Aliciadas pelos juros de 25% sobre o valor depositado ou investido e com remunerações de até 300% anuais, as “vítimas” aderiram ao dito “banco digital” com a esperança de verem resolvidos os seus problemas financeiros, porém, enganaram-se.

 

David Zacarias, residente de Nacala-porto, conta que aderiu aos serviços daquela instituição, convencido de que estes eram a sua salvação, uma vez que fora convidado por um responsável do suposto banco. E, como qualquer “presa”, Zacarias aceitou o convite e celebrou um contrato válido por 12 meses.

 

Não avança o valor investido, mas pede indemnização. “Não sei se serei ressarcido, pois, não sabia que era uma burla”, diz a fonte, afirmando estar feliz por não ter recrutado qualquer conhecido, porque “hoje seria mal visto”.

 

“Diziam que quem trouxesse novos clientes, ganhava bónus”, detalha.

 

Quem também pede indemnização é Sidónio André, que revela ter depositado mais de 50 mil Meticais, acreditando que renderia alguma coisa, mas já nem acredita que o valor possa ser reembolsado.

 

Recordando o caso do “banco chinês”, em Maputo (que garantia juros de 30% sobre o valor depositado), em que as vítimas nunca mais foram ressarcidas, André entende também serem remotas as possibilidades de reaver o seu dinheiro.

 

Refira-se que o Banco Central informou, há dias, que a entidade SIE Xmoney Moçambique, Lda. “não está habilitada para realizar operações de captação de fundos”, tendo sublinhado a necessidade de as pessoas não aderirem aos tais contratos de natureza ilegal e fraudulenta. Garantiu ainda ter efectuado a devida participação às autoridades competentes para a tomada de medidas apropriadas, incluindo a responsabilização dos infractores, visando proteger os cidadãos e a economia nacional. (Omardine Omar)

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