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quinta-feira, 22 novembro 2018 03:00

Conteúdo local: certificação de empresas locais é um dilema

A falta de certificação de empresas moçambicanas é tida como o “calcanhar de Aquiles” no aproveitamento de oportunidades que surgem nos projetos ligados a descoberta de gás na Bacia do Rovuma, no norte de Moçambique. Leonor Assunção, especialista na matéria, explicou que o processo é moroso e de certo modo caro mas é um investimento seguro para uma maior competitividade. “Em média, o processo completo dura um ano e uma empresa pequena gasta cerca de 10 mil dólares”, explicou Leonor Assunção, quando abordada pela “Carta de Moçambique”.

Ela entende que as empresas devem encarar o processo “como investimento e não como um custo”. As certificações são atribuídas normalmente por sectores de atividade sendo que na área de “Oil & Gás” se exige altos padrões de qualidade, ambiente, saúde e segurança no trabalho.


As vantagens de se ter uma empresa certificada são várias. “Internamente é importante por permitir maior competitividade e é um sinal de maior organização, planificação, controlo, menos falhas, e é isto que se exige no sector de extrativo. Outra vantagem é que a empresa certificada estará qualificada para participar em concursos para obras fora das fronteiras nacionais”. Certificação é a prova de que uma empresa está a trabalhar dentro de padrões internacionalmente aceites.

A debilidade financeira em que se encontra grande parte das empresas moçambicanas tem condicionado a sua certificação. Aquela especialista do sector referiu que a certificação compreende quatro etapas, nomeadamente a auditória de diagnóstico, a implementação do padrão, a verificação e finalmente é feita a certificação. (Evaristo Chilingue)

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