O maior partido da oposição, a Renamo, veio, esta quarta-feira, denunciar o assassinato de um membro recentemente desmobilizado no âmbito do processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR), ora em curso.
A informação foi tornada pública por André Magibire, Secretário-Geral da Renamo, em conferência de imprensa. Segundo Magibire, trata-se de João Muthandi, que residia na localidade de Panja, Posto Administrativo de Muxúnguè, distrito de Chibabava, província de Sofala, desmobilizado da base de Mangomonhe.
André Magibire avançou que o militante do partido foi assassinado por homens armados. E porque os autores morais e materiais do acto não foram ainda identificados, exigiu que as autoridades esclarecessem, e com a devida celeridade, o caso.
“Apelamos às autoridades policiais e administrativas do distrito de Chibabava e não só a trabalharem de forma afincada para o esclarecimento e responsabilização criminal dos malfeitores”, exigiu André Magibire.
Entretanto, importa salientar que o processo que deve culminar com o DDR do braço armado da Renamo conheceu, no passado sábado (05), um novo desenvolvimento com a desmobilização de 140 guerrilheiras da Renamo na base de Mapangapanga, em Vanduzi, distrito de Gorongosa, província de Sofala.
Com a desmobilização das guerrilheiras, o número total de abrangidos pelo processo de DDR passou para 1.075. Para além dos guerrilheiros ora desmobilizados, desde a retomada do processo, a 4 de Junho passado, duas bases do maior partido da oposição foram encerradas.
O DDR prevê, sabe-se, abranger cerca de 5 mil antigos guerrilheiros da Renamo. A conclusão do processo de DDR, tal como foi anunciado pelo Presidente da República, está prevista para Julho de 2021.
O processo de DDR expressa o cumprimento do Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo, rubricado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade. (Carta)