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As Forças de Defesa e Segurança (FDS) informaram, esta terça-feira, que foram encontrados corpos de alguns terroristas abatidos nos ataques verificados no distrito de Mocímboa da Praia, em Março último. De acordo com a nota de imprensa publicada pelo Ministério da Defesa Nacional (MDN), os corpos estavam numa vala, que foi localizada em mais uma patrulha, ocorrida no passado domingo.

 

De acordo com a nota, para além da vala comum, as FDS travaram mais um combate, tendo abatido mais seis terroristas e recuperado material bélico, incluindo uma arma de fogo, carregadores de munições e medicamentos. Como nas fotografias partilhadas pelo grupo, os “abatidos” trajavam uniforme das FDS, conforme documentam os vídeos publicados pelo MDN.

 

No comunicado de imprensa, o MDN refere: “as operações em curso visam atacar, assaltar e desmantelar derradeiramente a Base Siri, conhecida como sendo das principais bases de terroristas. Muito recentemente, as FDS também lançaram, por duas vezes, ataques sobre Siri ou Síria, tendo na ocasião logrado a morte de importantes cabecilhas dos terroristas”.

 

Entretanto, fontes da “Carta” contam que nos bairros Nacala, Milamba e Pamoda, no distrito de Mocímboa da Praia, a população tem recebido, na calada da noite, visitas constantes de elementos das FDS, que supostamente entram de casa em casa para verificar quem passa a noite naquele local.

 

Outro fenómeno que continua a apoquentar a população são os raptos que continuam a ocorrer nos distritos afectados pelo terrorismo. No distrito de Macomia, por exemplo, um casal foi raptado no último fim-de-semana, quando se encontrava a desenvolver a sua actividade agrícola. (O.O.)

Não é a “lobystas” como Tony Blair, pagos a preço de ouro por grupos económicos com interesses em África, que se desloca pelo mundo em jacto privado (no meio de tanta pobreza), promovendo suas agendas obscuras, que Moçambique deve ouvir quando se trata de discutir como resolver o problema de Cabo Delgado. Tony Blair não representa mais do que interesses empresariais e qualquer sugestão que ele faça terá esse cunho empresarial e uma perpectiva de ganhos económicos.

 

Uma questão interessante era saber mesmo quem lhe pagou para sugerir a “militarização regional” de Cabo Delgado. Polvilhar a zona do gás do Rovuma com tropas estrangeiras numa escalada militar implica, da parte dos investidores, proteger severamente Afungi, abrindo caminho à criação de um gigantesco “compound” inacessível ao cidadão. Será este o caminho?

 

[Já em Dezembro, a Total mandou vir um antigo general do exército francês, Frédéric Marbot, para liderar sua força de segurança (um investimento que, esperamos, não venha fazer parte dos "custos recuperáveis" do projecto que a gigante francesa lidera em Palma). Este, é aliás, um prisma alternativo para compreender a toda movimentação militarizante à volta do gás do Rovuma.]

 

Voltando a Tony Blair, é completamente estranho como ele volta a imiscuir-se em matérias onde sua intervenção foi desastrosa no passado. Em 2003, quando era Primeiro Ministro britânico, Blair (apoiando George W. Bush) usou das falsas alegações das armas de destruição em massa para promover uma trágica invasão ao Iraque, com toda a vergonha de pilhagem de recursos que se seguiu a isso.

 

Entre 2001 e 2007, ele apoiou ferverosamente Muamar Kaddafi, na Líbia, buscando suporte na luta contra “militantes islámicos” em África e no Afeganistão. Iraque, Líbia e Afeganistão continuam em guerra até hoje.

 

Ele, Tony Blair, tem sido um bom sinónimo do mau agoiro. Mas não se demove.

 

Na sua empreitada para intervir sobre Cabo Delgado, através do seu Instituto Blair, Tony goza de uma logística altamente onerosa. Vem a Moçambique sempre que lhe apetece, secretamente. A última vez foi a 1 de Dezembro. O PR Filipe Nysi estava em Nampula. Ele tratou de voar para a capital do Norte, no seu jacto, para uns “dedos” de conversa com Nyusi. Ele não promove a transparência. Virou um “lobysta” a favor capitalismo britânico, com enorme ambição de encaixar nos negócios das extractivas em Moçambique. A quem é que ele representa?

As autoridades moçambicanas detiveram 19 pessoas na última semana em Palma, na província de Cabo Delgado, suspeitas de pertencerem aos grupos que têm protagonizado ataques armados no Norte de Moçambique, disse ontem à Lusa fonte oficial.

 

Os 19 indivíduos seguiam em dois autocarros e, quando foram interpelados pelas autoridades, alegaram que saíam de Mocímboa da Praia para Palma para pescar, o que levantou desconfianças, disse Augusto Guta, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado.

 

"O argumento não fazia sentido, tendo em conta que Mocímboa da Praia apresenta melhores condições para pesca", disse Augusto Guta, lembrando que em outras ocasiões as autoridades detiveram outros suspeitos que apresentaram a mesma alegação para entrar em Palma.

 

"Nós estamos atentos", declarou o porta-voz da PRM em Cabo Delgado, frisando que as autoridades reforçaram a fiscalização em toda a província para impedir incursões de grupos armados.

 

Em 04 de junho, 35 pessoas que sobreviveram ao naufrágio de uma embarcação em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, foram retidas para esclarecimentos por apresentarem versões contraditórias sobre a sua proveniência e destino.

 

"O caso dos sobreviventes do naufrágio já foi encaminhado para o Ministério Público", declarou Augusto Guta, sem avançar mais detalhes.

 

A província de Cabo Delgado, onde avança o maior investimento privado de África para exploração de gás natural, está sob ataque desde outubro de 2017 por insurgentes, classificados desde o início do ano pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma ameaça terrorista.

 

Em dois anos e meio de conflito naquela província do Norte de Moçambique, estima-se que já tenham morrido, pelo menos, 600 pessoas e que mais de 200 mil já tenham sido afetadas, sendo obrigadas a procurar refúgio em lugares mais seguros.(Lusa)

Um total de 27 pessoas foram raptadas nas últimas duas semanas, nos Postos Administrativos de Quiterajo e Mucojo, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado. De acordo com as fontes, baseadas naqueles pontos do país, as pessoas foram raptadas em várias incursões protagonizadas pelos insurgentes e, entre as vítimas, há 14 pessoas do sexo feminino, na sua maioria raparigas.

 

Entretanto, as fontes referem que dos 13 homens raptados, seis perderam a vida e os seus corpos foram localizados muito próximo da aldeia Ingoane, no Posto Administrativo de Mucojo, naquela parcela do país. Refira-se que, nas últimas semanas, o grupo atacou as aldeias de Ingoane, Nacutuco, Mitacata, Natugo 2, Napala e Pequeue. (Carta)

Os insurgentes mataram, na manhã desta quarta-feira, três pessoas na aldeia Chimbanga, a poucos quilómetros da vila de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado. De acordo com as fontes, as vítimas terão sido surpreendidas nas suas machambas, onde desenvolviam a sua actividade agrícola.

 

Já no vizinho distrito de Muidumbe, nas proximidades da aldeia Xitaxi, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) são acusadas de matar um civil e ferir outro. As vítimas, asseguram as fontes, faziam-se transportar numa motorizada e deslocavam-se à vila-sede daquele distrito, quando foram interceptados pelas forças estatais. Entretanto, não há detalhes sobre esta ocorrência. (Carta)

Carlos Agostinho do Rosário, Primeiro-Ministro da República de Moçambique, garantiu, esta quinta-feira, em Nampula, que o Governo está preocupado com a movimentação das pessoas afectadas pelo terrorismo, que deflagra nos distritos da zona norte e centro da província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017. Do Rosário explicou que as províncias de Niassa e Nampula estão a receber muitas famílias deslocadas das zonas de conflito e que impõe grandes desafios para o executivo de Filipe Nyusi.

 

Na sua interacção com a comunicação social, o governante realçou serem vários os desafios do país, citando a situação do terrorismo na província de Cabo Delgado, que já se reflecte nas províncias de Niassa e Nampula, devido à presença massiva de deslocados de guerra. “Então, teremos de acompanhar a situação e, sobretudo, apoiar a província para que efectivamente possa ser capaz de enfrentar este mal. Queremos, desde já, saudar os esforços que a província está a fazer”, disse Do Rosário, referindo-se aos esforços empreendidos pela província de Nampula, onde se encontra de visita, no âmbito da monitoria das medidas da situação de Estado de Emergência.

 

Salientar que os ataques terroristas que se verificam na província de Cabo Delgado já causaram mais de mil mortos, entre civis, militares e terroristas, para além de terem provocado mais de 200 mil deslocados e destruição de diversas infra-estruturas sociais e económicas, entre públicas e privadas. (O.O.)

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