Desde o lançamento do seu primeiro álbum "Serenata" a banda Kakana esteve sempre preocupada com a situação da Mulher na sociedade moçambicana. Nos seus dois álbuns sempre abordou assuntos sobre violência baseada no género, como podemos constatar nas músicas: "Nicarate" e "Sohura" do primeiro CD e no segundo CD as músicas "Nkata", "Xingombeleni" e "Mariane". A música Serenata revela o potencial da mulher e também é um apelo à igualdade de género. A banda Kakana viu neste título “Quem disse que as mulheres não podem fazer uma serenata?" Uma razão muito forte para juntar mais de 10 artistas num só palco, como forma de homenagear todas mulheres do mundo, em especial a mulher moçambicana: lutadora, guerreira. Desde as mães camponesas, até as executivas, cada uma tem seu papel para o desenvolvimento do país. Um outro objectivo deste espectáculo é dar voz a todas mulheres que sofrem violência no lar e na sociedade em geral. Porque juntas são mais fortes para mudar o mundo para melhor. Artistas que farão parte do espetáculo: Banda Kakana, Sizaquel, Gigliola Zacara, Énia Lipanga, Regina dos Santos, Catarina Domingues, Idálvia Bahúle, Tchakaze, Anita Macuácua, Rhodália Silvestre, Xixel Langa e Onésia Muholove.
(08 de Março, das 20 às 23Hrs no Centro Cultural Franco-Moçmbicano)
“A gravidez é nossa", um documentário de David Aguacheiro e Tina Kruger. Este filme de curta-metragem foi feito em Marracuene é o resultado dum projecto de pesquisa participativa, dirigido por Anna Galle, com a participação da organização Rede HOPEM sobre o lugar do homem na família. O documentário será seguido por uma conversa com personagens do documentário e a HOPEM.
(06 de Março, das 15 às 17Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
O painel de discussão incidirá em torno do papel dos homens moçambicanos na promoção da igualdade de género no país. Júlio Langa, Pesquisador e Co-fundador do HOPEM, Dr. Albachir Macassar, Director Nacional de Direitos Humanos e Cidadania, Farouk Simango, Coordenador de Coalizão da Juventude Moçambicana e Sérgio Chusane, Director Executivo da Associação H2N irão animar o debate com a colaboração duma moderadora, Carmelinda da Conceição Manhiça, animadora na STV. Um filme introduzirá a mesa-redonda e um coquetel será servido no fim do evento. Organizado pelo Alto Comissariado do Canadá (Haut-commissariat du Canada au Mozambique)
(07 de Março, das 14 às 17Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
Com um palmarés assinalável, tecido ao longo de 40 anos, que se completam precisamente este ano (participação em mais de 20 Exposições Colectivas, 2 Individuais, 2 Prémios de pintura e 2 Menções Honrosas, para além da ilustração de um livro infanto-juvenil), depois de prolongada hibernação (a sua última apresentação ao público verificou-se em 2000, na província de Nampula), eis que o Marcos P’fúka e regressa ao nosso convívio, para nos vir perturbar na doce modorra em que existimos, e nos vir assombrar esta vida ronhosa que levamos, assistindo passivamente à encenação que desfila neste palco que é a vida. Por isso, ele desperta a “A ave contra o sossego” monocromático em que nos mantemos, e vem questionar cada um de nós: ”Quem tu és neste mundo”, para que não nos esqueçamos de que “Contribuiremos com sangue para a Globalização” e que sermos assistentes ou actores do teatro da nossa vida, é uma escolha que é feita por cada um de nós, e que, são essas escolhas, juntas, que engendram o nós que é a sociedade. Porque se há uma vertente da arte que pretende não ter outro conteúdo e outra finalidade que não a estética pura, há aquela outra que está comprometida com a vida, que nos desperta, que nos estimula, que nos incita mesmo, através dos dons da estética, a sermos sujeitos do nosso próprio destino, e não meros observadores passivos, ocupados apenas em lamentá-lo. Essa é a escola do Marcos P’fúka. Diz o ditado que “Uma imagem vale por mil palavras”. Ao ouvirmos isto, somos geralmente levados a pensar numa fotografia, que fixa e perpetua no tempo todos os detalhes de um momento, alguns dos quais escapariam, necessariamente, à mais elaborada descrição feita por palavras. Esta forma de expressão a que nada escapa tem, todavia, uma restrição: está limitada ao registo daquilo que existe, naquela exacta fracção de segundo em que um dedo hábil, guiado por um olhar sagaz, dispara o comando da máquina. Mas não se pode fotografar o passado, nem o futuro. Nem o que habita nos dois extremos do espectro da luz visível. Nem aquilo que está tão longe de nós que o olhar não o alcança, ou que está tão perto de nós que nos penetra. Tudo restrições que à pintura não manietam. Porque se à fotografia pertence o reino dos factos, à pintura pertence o império da fantasia, em que reina a imaginação. E, como disse Einstein, “A imaginação é mais importante que o conhecimento”. Porque sem imaginação, sem projecção daquilo que é invisível, o conhecimento seria limitado às cores, sons e odores directamente perceptíveis, essa ínfima ponta do imenso iceberg que é o Universo. E muitas das criações humanas jamais teriam ocorrido. Esta é a inigualável qualidade que a pintura possui. Ela confunde-se com a magia, ao permitir-nos transcender o tempo, ressuscitar o passado, e inventar o futuro. Tal como nos permite acordar os monstros que nos habitam, libertando-os, assim, de nós. Ou, talvez, libertando-nos a nós deles, desnudando-os e permitindo-nos encará-los, e domá-los. E um monstro domado, transforma-se. Num amigo. Com quem podemos trocar pinceladas coloridas sobre o mundo e sobre a vida. Este é o potencial letárgico desta arte, que só desperta quando um Marcos P’fúka e, sacudindo a poeira da tela com a perícia dos pincéis, liberta o génio dentro de si, para deleite de todos os que o queriam contemplar, concedendo-lhes tantos desejos quantos peçam. E, com essa capacidade de os ressuscitar, a pintura, porventura, a mais ancestral e perene forma de arte – assim o sugerem as pinturas rupestres que tatuam o planeta - transforma os marcos da vida, que, de outro modo, sempre passageiros, se diluiriam no tempo, em marcas que não devem morrer. Torna-as eternas. Possam as obras do P’fúka perdurar no tempo para que os humanos do futuro se possam encantar com os passeios e os devaneios presentes da sua imaginação sobre um futuro distante que, a seu tempo, se tornará um passado remoto.
(06 de Março, das 18 às 21Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Inauguração da exposição fotográfica “Quando eu quero, eu consigo” sobre projectos implementados no âmbito do programa MUVA.
MUVA é um programa que trabalha para o empoderamento económico das jovens mulheres residentes em áreas urbanas em Moçambique. Trabalhamos com o sector privado, público e a sociedade civil para identificar, testar e apoiar a adopção de soluções para reduzir as barreiras que excluem as mulheres do acesso a um trabalho decente.
(05 de Março, às 18 no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
Ginga de Maputo, grupo de capoeira, hoje uma família, que foi fundada a 04 de Março de 1999, por uma mulher de nome Célia Marina Matue. Este evento de celebração do surgimento deste desporto em Moçambique é em homenagem da mãe da capoeira, Mestre Marina e realiza-se todos os anos no mês de Março.
(De 04 à 10 de Março, às 18:30min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)