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A nova Directora do Estabelecimento Penitenciário Especial para Mulheres de Maputo (popularmente conhecida como Cadeia Feminina de Ndlavela), Hermínia Nhamundze, empossada no passado dia 05 de Agosto, em substituição de Albertina Dimande – afastada do cargo em Junho último, devido ao escândalo sexual despoletado pelo CIP (Centro de Integridade Pública) – já esteve presa naquele local.
Ao que “Carta” apurou, Nhamundze esteve nas celas da antiga Cadeia Feminina de Ndlavela em Fevereiro de 2019, acusada de integrar um grupo (de 17 agentes penitenciários) que supostamente terá conspirado para a soltura de Momade Assif Abdul Satar (conhecido por Nini Satar) em 2014. Lembre-se que Nini Satar cumpre uma pena de 24 anos de prisão efectiva, pelo seu envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso, ocorrido a 22 de Novembro de 2000.
Aliás, Nhamundze não é a única nova gestora de um estabelecimento penitenciário que foi detida pelo seu suposto envolvimento nesse caso. Ramos Zambuco, novo Director da Cadeia de Máxima Segurança (vulgo B.O.) também esteve detido em conexão com esse caso. O mais curioso é que Zambuco será o novo gestor da Cadeia onde está detido Nini Satar.
Fontes da “Carta” asseguram que o referido caso, que corre seus trâmites desde 2015, ainda não teve seu desfecho. Aquando da sua detenção, lembre-se, o grupo alegou que a sua detenção constituía uma montagem maquiavélica. Aliás, chegou a enviar uma missiva ao Presidente da República, pedindo a sua intervenção.
Refira-se que os outros agentes do SERNAP (Serviço Nacional Penitenciário) supostamente envolvidos neste caso são: José Machado, Constantino Simone, Francisco Neto António, Minate Evaristo, Josefa Sambo, Moniz António, Félix Simbine, Jorge Lúcia Manjate, Jamussidine Jumá Mussa Faquirá, Notisso Carlos Alexandre Lucas, Alberto Ndaluza e Moisés Alexandre Chavane. (O.O.)
