Alguns relatos recebidos na nossa redacção descrevem a falta de energia eléctrica como um dos cenários mais graves que se vive naquela instituição, afectando sobretudo a secção de jornais e revistas. As fontes relatam que, para uma simples leitura, os utentes devem sentar-se bem próximo à porta para se servirem da luz natural, pois, a biblioteca está praticamente às escuras. Entretanto, os usuários que já conhecem a situação optam em levar consigo lamparinas ou lanternas.
A falta de energia eléctrica afecta igualmente o funcionamento dos aparelhos de ar condicionado ou das ventoinhas e quem não está em condições de aguentar com o calor intenso que se faz sentir nos últimos dias, a solução é ficar semi-nu ou abandonar a sala de leitura.
Por outro lado, os utentes falam também da falta de fotocopiadora, sendo que os que lá frequentam e possuem um celular ou máquina com capacidade podem fotografar o trecho que pretendem usar posteriormente mediante o pagamento de 60 Mts por página, seja jornal ou revista.
Entretanto, “Carta” visitou a Biblioteca Nacional para inteirar-se da situação e deparou-se com um cenário de pouca iluminação, ou seja, para que pudéssemos ver algum jornal ou revista era necessário que todas as janelas e portas estivessem abertas para nos beneficiarmos da luz do sol.
Ao percorrer as instalações, dirigimo-nos à funcionária que atende o público e o mais estranho foi ver que o computador dela estava ligado e conectado a uma tomada, enquanto ela jogava cartas. Quisemos saber como consegue ler porque tudo está às escuras, ao que respondeu: “não temos iluminação porque estamos com problemas no quadro de energia″.
A uma pergunta sobre se tinham uma fotocopiadora, respondeu que a instituição não dispõe dessa máquina, mas explicou que, em caso de necessidade, o utente pode levar a página do jornal pretendida e dirigir-se a uma fotocopiadora que se encontra bem em frente à Biblioteca Nacional.
Por outro lado, o aparelho de ar-condicionado estava ligado, mas não estava a funcionar e as ventoinhas também estavam totalmente paradas.
Curiosamente, as tomadas estavam quase todas em funcionamento, visto que se encontram lá jovens a carregar os seus laptops, mas não havia corrente para ligar uma simples lâmpada e fazer funcionar uma ventoinha na secção de jornais e revistas. (Carta)