Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

sexta-feira, 10 junho 2022 08:59

Trinta e sete dias depois, ainda não foi esclarecido escândalo sobre os 7000 militares fantasmas

FADM min

Um grupo de deputados da Assembleia da República (AR) afectos à bancada parlamentar do partido Renamo, o maior partido da oposição, produziu um ofício a nível daquele órgão legislativo, antes que a V Sessão Ordinária tivesse um interregno, com objectivo de que fosse criada uma comissão de inquérito composta por deputados, especialistas em investigação financeira, membros proeminentes da sociedade civil e outros, para aferir os contornos do que aconteceu.

 

Estranhamente, revelou uma fonte parlamentar, o projecto acabou sendo atirado para o caixote dos casos não relevantes para a Assembleia da República, pese embora, os valores monetários que durante décadas foram desviados por generais, antigos combatentes e outras pessoas tenham sido fruto dos impostos pagos pelos moçambicanos.

 

Mas o caso não interessou aos parlamentares, ou seja, mesmo sendo representantes do povo, na dita "Casa do Povo", nada lhes tocou neste mega-escândalo que chupava mensalmente 56 milhões de Meticais e cerca de 672 milhões de Meticais anualmente, valor calculado em função da tabela dos salários mínimos a nível do sector castrense, estimados em 8 mil Meticais. E assim terminaram os trabalhos da V Sessão Ordinária a 20 de Maio, sem que nada tenha sido feito. 

 

Recorde-se que, a 04 de Maio do presente ano, "Carta" publicou em primeira mão a existência de 7000 militares fantasmas nas Forças Armadas e Defesa de Moçambique (FADM). O escândalo deixou as lideranças do exército nacional com "a batata quente entalada na garganta", mas até ao momento ainda não foi esclarecido, quando já passam 37 dias depois que o mesmo veio ao público. (O.O.)         

Sir Motors

Ler 2955 vezes