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Actualizado de Segunda a Sexta

terça-feira, 03 novembro 2020 05:57

O exército privado de Lionel Dyck continua a enfrentar desafios em Cabo Delgado, apesar dos reforços da Panzer Logistics e STTEP

A empresa de desminagem e combate à caça furtiva detida por Lionel Dyck, Dyck Advisory Group (DAG), não está em condições de gerir por conta própria a operação ordenada pelo Governo de Filipe Nyusi para lidar com a “insurreição islâmica” em Cabo Delgado. Como revelamos anteriormente, o DAG é equipado por uma empresa chamada Mako, que forneceu aos homens de Lionel Dyck helicópteros reconvertidos para uso militar (Africa Intelligence, 12/05/20). É dirigido por Duncan MacArthur, um empresário sul-africano que se especializou no comércio de equipamentos de segurança e veículos militares.

 

Serviço de preço reduzido oferecido por Mako, Panzer e STTEP

 

Além de Mako, MacArthur administra a Panzer Logistics, que tem um “outlet” em Joanesburgo e se descreve como negociante de equipamentos militares (veículos blindados e helicópteros militares). O empresário faz parte do círculo íntimo de Lionel Dyck e costuma ser visto no bar do luxuoso Pemba Beach Hotel na companhia de Hendrik Bam, conhecido como Henk Bam, o braço direito do ex-coronel do Zimbábwe, e dois dos directores da empresa de segurança privada STTEP International: o ex-oficial das Forças de Defesa da África do Sul (SADF) Simon Witherspoon e seu colega Brett Monroe.

 

Fundada por membros da lendária, mas agora extinta empresa de segurança privada (mercenários) Executive Outcomes, a STTEP também tinha sido solicitada pelo governo moçambicano, mas acabou por ser preterida a favor da opção de redução de preço proposta por Lionel Dyck e Bernardino Rafael, o comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM) que foi o motor do contrato com a DAG.

 

Apesar de ter garantido uma prorrogação do contrato, a equipe do ex-coronel do Zimbábwe ainda está lutando para provar o seu valor. Desde Agosto, os homens de Dyck têm estado principalmente ocupados a treinar polícias em Cabo Delgado com a ajuda do veterano do partido no poder, a FRELIMO, Jacky d'Almeida. O DAG esteve praticamente ausente dos céus de Moçambique até o início de Outubro, quando seus helicópteros realizaram uma incursão no arquipélago das Quirimbas, na costa de Cabo Delgado. Com a intensificação dos ataques da insurreição armada, a administração de Nyusi recentemente voltou a entrar em contato com várias outras empresas de segurança privada numa tentativa de retomar o controle da situação. (Africa Intelligence)

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