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sexta-feira, 17 maio 2019 07:46

Dívidas Ocultas: Privinvest procura MAM num “Business Centre” onde esta nunca esteve

Na acção arbitral que está a mover contra o Estado Moçambicano e que corre os seus trâmites na Suíça, em que exige 200 milhões de USD de indemnização, a Privinvest enviou um correspondência a Maputo, na qual procura pela Mozambique Asset Management (MAM) num “Business Center” – centros de negócios – onde a empresa só esteve domiciliada documentalmente.

 

 

Trata-se de uma residência, localizada na Avenida Marginal, nº 4159. O endereço serviu como domicílio das empresas EMATUM e MAM  no acto da assinatura dos contratos e garantias soberanas. A Privinvest, através do seu “courier service”, enviou duas cópias para Moçambique,  a primeira para ser entregue ao Gabinete do Presidente da República, Filipe Nyusi, no domicílio nº 1780, na Avenida Julius Nyerere. A outra cópia foi “despachada” para ser entregue no endereço da Avenida Marginal.

 

“Carta” for ver essa casa, que ja servira como  “Business Center”.  Foi nos informado que há mais de um ano que voltou a ser habitada por uma família, ou seja, é usada como residência, tal como foi projectada. A casa, vistosa do seu lado exterior, está localizada defronte do Hotel Southern Sun.

 

Os últimos dias do consulado do governo de Armando Guebuza parecem ter sido atribulados. Os registos da constituição das três empresas, no epicentro do escândalo das chamadas “dívidas ocultas”, foram feitos às pressas no Cartório do então Ministério das Finanças.

 

Primeiro, a EMATUM (Empresa Moçambicana de Atum, SA), no acto da assinatura do contrato, declarou como domicílio a “Avenida Marginal, nº 4159, Maputo” e, mais tarde, a MAM deu o mesmo endereço. Segundo, a ProIndicus declarou o seu domicílio, na Avenida Coronel Aurélio Benete Manave, nº 409. Quando “Carta” “investigou”, aferiu que este domicílio é pertença da Somex, Sociedade Moçambicana de Explosivos, S.A. (A.M.)

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